segunda-feira, 26 de dezembro de 2011
quarta-feira, 23 de março de 2011
sábado, 12 de março de 2011
sábado, 14 de agosto de 2010
................................................................. noite
.,....................................................................................................... madrugada
tudo se repete
e a vida segue
desenfrada
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Diálogo
terça-feira, 6 de julho de 2010
Frida
acadêmico
Frida
Kahlo-me.
quinta-feira, 17 de junho de 2010
a mais cruel
eu nem sei de onde vem.
domingo, 6 de junho de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Crônica de fim de primavera
Desde o início, pra Jui, mo chara.
Ei, só tô te escrevendo pra dizer que estou feliz. Pra você não ficar preocupada como ficou aquele dia. É que a gente acha demais que ficar até tarde de noite no computador trablhando não faz mal, que no dia seguinte vai estar tudo bem. É que a gente pensa demais que pode viver como se não fosse com a gente, como se não tivesse nada a ver com isso. E continuaria pensando que viver assim também pode ser felicidade, se não existissem esses dias de fim de primavera. Esses em que a gente vive como se fosse assunto nosso. Esses em que a gente não vai à aula ou ao trabalho para fazer teatro, e vê mais cedo a luz do dia que aparece pela primeira vez em algumas semanas. Aí a gente entende que existe plenitude, e se sente o super homem do Nietzsche em alegria. Se permite correr na rua quanto e como quer, e entrar até nas lojas que não têm nada a ver, e de repente se vê no alto do arco do viaduto de Sta. Tereza, em plena luz do dia, e se acha dono do mundo.
Hoje eu iria a pé do Floresta até Nova Lima, e já fiz metade do caminho. É que me sinto vontade de Schopenhauer e todo mundo é igual a mim. Hoje realizo a vontade toda e ela se desfaz, e o mundo todo é radiante como eu.
Não tenho coragem de ouvir minhas músicas e ligo o rádio, quero cantar e só na minha língua. Até os cafés que tanto amo para escrever me parecem repugnantes com sua luz baixa e cheiro de gente que não descansa. Hoje quero receber luz e achar que crio vento quando corro e meus cabelos parecem rir.
Quero também alguém com quem eu possa compartilhar tudo isso, mas não tem...
Todos meus amigos estão longe: pro norte, pro sul, pra dentro. Dentro de si ou de preocupações... mas tudo bem. Hoje posso reinventar vocês todos e compartilhamos do mesmo desvario, entre nós não há mais espaço que num abraço.
Amo vocês, e lembrem-se sempre que amo vocês como só é possível em dias como esse. Mesmo nos outros dias, mesmo quando e se voltar a achar que se pode viver de outro jeito.
sejam felizes também, queridos.
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