Dessas coisas que a gente tem que escrever pra escola...
Louvava os corpos e ânimos puros, mas sabia que, no fundo, nem mesmo os mais morigerados estavam intactos.
Ainda não havia compreendido por que deixara a vida fácil para constituir família - ou talvez lhe faltasse a coragem para admitir: amara de fato aquele homem, nos primeiros instantes. Apenas não se conformava ainda em ter-se fixado naquele sentimento - ela, que se fixava em uma emoção tanto quanto um patinador no mesmo ponto do gelo! Durante toda a vida fora abelha, que se nutria de efímero pólen, muitas flores por dia. Duas vezes se fixara: uma, naquele amor; outra, neste amargo arrependimento.
Cansou-se, enfim. Quis liberar-se daquele enfado, voar novamente de experiência em experiência; mas deixara-se perder as asas. Abriu as janelas, nem pensou, só restava uma liberdade.
Um comentário:
=X ai!
Que belo amargo...!
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