As mãos dentro do moleton desbotado sentem frio: a menina ao seu lado dorme. Olhos fechados e cantarolantes, ela sente que a menina está ao seu lado: mas ela dorme. Não faz mal, não vai durar. Ela está, sempre, no singular. E, sempre, pr'aqueles plurais, parece ausente demais.
A cada porta que se abre, ela deseja ser apenas a lua, que passeia no mar, ou a areia, que se refresca (um pouco de serenidade, só isso). Não precisa de abrir os olhos e virar-se pra janela pra saber que é assim. Fora dela é tudo tão estável...
São assim os singulares, vivem e sonham mais profundamente. Mais profundos também são os machucados, e nem sempre os cortes fecham. Chega um ponto em que é possível ignorar a dor, de tão costumeira... Como sei? Nossos olhares se cruzaram algumas vezes, e nada além de um espelho ela viu atrás dos meus óculos.
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Um comentário:
Que triste e lindo.
Inspirado mesmo! hahaha
Beijos,
Leticia.
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