sexta-feira, 29 de junho de 2007

How happy I was if I could forget

How happy I was if I could forget
To remember how sad I am
Would be an easy adversity
But the recollecting of Bloom

Keeps making November difficult
Til I who was almost bold
Lose my way like a little child
And perish of the cold.


[Emily Dickinson]

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Flor de Maracujá


"[...] E só tu, Estátua, resistes.
- Mas, embora nunca te quebres,
terás sempre os olhos mais tristes."

[Fim - Cecília Meireles]


Não adianta. Eu posso até parar de ler Meireles que ela não para de me ler...

Quanto à flor, é daqui de casa :D

quinta-feira, 21 de junho de 2007

"Desculpa,
Tudo que vivi foi profundamente.
Eu te ensinei quem sou
e você foi me tirando os espaços entre os abraços,
guarda-me apenas uma fresta.
Eu que sempre fui livre,
não importava o que os outros dissessem.
Até onde posso ir para te resgatar?
Reclama de mim, como se houvesse possibilidade
De eu me inventar de novo.

Desculpa,
desculpa se te olho profundamente, rente à pele
A ponto de ver seus ancestrais nos seus traços,
A ponto de ver a estrada antes dos teus passos.
Eu não vou separar minhas vitórias dos meus fracassos!
Eu não vou renunciar a mim; nenhuma parte, nenhum pedaço
do meu ser vibrante, errante, sujo, livre, quente.
Eu quero estar viva e permanecer te olhando profundamente!"


Poema mega foda que a Ana Carolina recitou antes de "É isso aí"... não tenho a menor idéia do autor e não aparece no Google. Só sei que, pra variar, se encaixa em mim ;)

Sol

Sol, com apenas folhas e café quente.
Bolso, cheio - de necessidades aparentes.
Esperança? Seca! Alma? Fria!
Força falsa, vontade vazia.

E eis que é chuva:
Molham-se as folhas e dores enxutas,
Olhos límpidos, café frio;
Alma quente e consciência lavada,
Males pequenos, força e vontade renovadas!

Amanda Bruno