quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Não te evito.
Às vezes, é preciso
levitar.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Alfinetes gelados
marcam os óculos,
caídos de todos os lados.
Eu corro,
eles tocam minha pele:
evanescem.
[27/07/07]

o vento é forte,
chicotes de areia e branco
no tornozelo
[25/07/07]

sorrateiro e preciso
passo
a madrugada se inspira em mim

Lord A. Ocior [15/01/08]

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mo Chara (25/07/07)

Tem aqule apessoa que é quase tão importante quanto sua mãe, sempre tem. Você sonha e-nada mais natural - te pergntam como ela está. Você não sabe.
Não faz nem idéia se ela ainda sobe em árvores e se derruba as pessoas no asfalto (na verdade, em qalquer lugar. No asfalto só era mais divertido, e só com você), se exulta de felicidade e pula nos amigos, se não tem vergonha de chorar.
Será que ainda joga gamão, mas perde pra outro? Provavelmente ainda bebe com o canto da boca, mas não tem mais o paraíso nos olhos. Não pra mim.
Acordo, aliviada. Quando percebo que sonho e realidade em nada diferem, chovem lembranças nos meus olhos.

Pequena poesia em prosa (17/7/07 No ônibus, à noite, no Rio de Janeiro)

Sobre sapatilha preta, cartola alva e rubra. De cabeça baixa e escondida, foge de tudo o que é pungente. Imersa em música, parece buscar forças no refrão, admitindo: "I'm afraid". É essa sua distração maior. Será algum tipo de luta?
As mãos dentro do moleton desbotado sentem frio: a menina ao seu lado dorme. Olhos fechados e cantarolantes, ela sente que a menina está ao seu lado: mas ela dorme. Não faz mal, não vai durar. Ela está, sempre, no singular. E, sempre, pr'aqueles plurais, parece ausente demais.
A cada porta que se abre, ela deseja ser apenas a lua, que passeia no mar, ou a areia, que se refresca (um pouco de serenidade, só isso). Não precisa de abrir os olhos e virar-se pra janela pra saber que é assim. Fora dela é tudo tão estável...
São assim os singulares, vivem e sonham mais profundamente. Mais profundos também são os machucados, e nem sempre os cortes fecham. Chega um ponto em que é possível ignorar a dor, de tão costumeira... Como sei? Nossos olhares se cruzaram algumas vezes, e nada além de um espelho ela viu atrás dos meus óculos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Suicida.

com a.c.o.r.d.a no pescoço
ela vê a.c.o.r.d.a morte
e não a.c.o.r.d.a a sorte.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Constatação

Escrever sem inspiração
é isso:
Nada conseguir expirar


Mal que ultimamente me acomete...